CACHAÇA O INÍCIO A cachaça brasileira e o rum do Caribe têm a mesma origem, ambos provém da destilação de cana de açúcar originária da Ilha da Madeira, porém receberam denominação diferente por rivalidades comerciais entre os reinos de Portugal e Espanha. Cristóvão Colombo trouxe mudas de cana de açúcar da ilha da Madeira para a América em sua viagem de descobrimento, em 1493, e as plantou no Caribe. As plantas foram trazidas das ilhas de Madeira e Açores, onde tinham chegado após propagar-se nas ilhas mediterrâneas de Sicília e Chipre. Depois de America a cana de açúcar foi plantada nas Ilhas Canárias e Cabo Verde, colônias espanholas e portuguesas, respectivamente. No Brasil a cana de açúcar foi introduzida em 1532 por Martim Afonso de Souza na Capitania de São Vicente. O solo fértil e o clima tropical permitiram o rápido crescimento da cultura, marcando o inicio de uma cultura que iria ser uma grande forte de riqueza para Portugal, com a produção dos pães de açúcar. As referencias mais antigas que se conhecem de rum e aguardente data de Maio de 1657, na Corte de Massachusetts, proibindo a venda de licores fortes conhecidos como rumme, água forte, vinho, brandy, etc. e em documentos de 1650, provenientes de Barbados, com o nome de "kill-devil" (mata-diabo) ou "rumbullion" (palavra inglesa, de Devonshire, que significa "grande tumulto"). A palavra rum era utilizada já em 1667. No inicio a cachaça foi denominada de aguardente, água que ardia ao beber, os ingleses denominaram de rum, Noé que se popularizou entre os navegantes do século XVII e XVIII. O rum é destilado, principalmente, do melaço da cana de açúcar, sub-produto da fabricação de açúcar e é classificado como rum do tipo leve na república Dominicana, Cuba e Puerto Rico e como rum do tipo pesado, com mais sabor, os de Jamaica. Chegou a ser um produto importante das Antilhas (ou Índias Ocidentais, hoje America) logo após a introdução da cana de açúcar. De acordo com a literatura a produção de aguardente teve inicio logo após sua introdução quando se observou que a borra separada do processo de concentração do caldo de cana (garapa) deixada de um dia para outro fermentava, produzindo um líquido com cheiro e gosto diferente. Este vinho submetido a destilação resultava num líquido transparente, brilhante e que ardia se ingerido. Considerando seu parecido com água chamava-se de "aguardente" ou "cachaça" por ser originado da borra da cachaça. PREOCUPAÇÃO COM A QUALIDADE A cana de açúcar utilizada na produção da cachaça Armazem Vieira e do tipo cana fita ou crioula (Saccharum syneensi), própria para cachaça. Na sua colheita são selecionadas as plantas maduras e no engenho lavadas com água a pressão antes de ser prensadas para obter o caldo de cana de açúcar. O caldo de cana de açúcar é fermentado com fermentos aprorios, livre de bactérias prejudiciais. O resultado é uma fermentação limpa, controlada, que produz um vinho de primeira qualidade. Na destilação da cachaça se toma o cuidado de cortar seu inicio e seu final, sua cabeça e rabo) para evitar a inclusão de metanol e aldeído acético que fazem mal a saúde. A destilação da cachaça é realizada em uma única vez com 48 % em volumem de álcool, ou 48 graus Gay Lussac (GL). A cachaça colonial marcava 21 graus no aerômetro de Boumé ou de Cartier, que eqüivale a 56 graus Gay Lussac. Atualmente a legislação limita a cachaça e 48 graus GL. A graduação alcoólica é medida sempre com o líquido a 20 graus Celsius. No inicio deste século a saúde pública estipulava que a graduação alcoólica da cachaça deve estar entre 38 e 54 graus Gay Lussac, porém nossos fabricantes utilizaram 16,2 a 20,5 graus Cartier, até no inicio dos anos 90. As cachaças no Brasil, em sua maioria, são produzidas com graduação alcoólica de 38 graus Gay Lussac; as finas cachaças comportam graduação superior e são produzidas para exportação com 43 e 40 graus Gay Lussac. Todos os processos de produção e envelhecimento da cachaça ARMAZEM VIEIRA são supervisionados e aprovados pelo Ministério de Agricultura do Brasil. A empresa, proprietária do prédio e da marca, realizou pesquisas na região canavieira do litoral da Ilha de Santa Catarina e selecionou destiladores que viessem de encontro a seus propósitos de recuperar a tradição do fabrico de cachaça na Ilha de Santa Catarina e voltar a colocá-la na sua justa posição, entre os melhores destilados nacionais e internacionais. Acompanhe os resultados da preocupação com a qualidade no documento Armazem Vieira – Uma história. Para o correto envelhecimento, foram adquiridos antigos tonéis de madeira procedentes da Mata Atlântica, da essência Ariribá ou Araruva, conforme sua denominação em Santa Catarina ou São Paulo. Esses tonéis, ao longo dos anos, têm demonstrado sua qualidade nos processos de envelhecimento e maturação de cachaça. Visando a excelência do produto desenvolveu, com auxilio de técnicos da Universidade Federal de Santa Catarina, um sistema de controle de qualidade abrangendo seleção da cana de açúcar, o controle da fermentação do caldo, sua destilação e controles do produto através de analises cromatográficos. PRÊMIOS |