HISTÓRIA
A Cachaça Santa Terezinha, quando foi fundada, obedecia ao que poderíamos chamar de um ritual: num tanque mistura-se uma parte de caldo de cana ao natural, com uma parte igual de caldo fervido, acrescentando-se uma braçada de bagaço tostado e um punhado de fubá de milho. Para conseguir a temperatura correta, esquenta-se uma pedra de bom tamanho e joga-se dentro da mistura.
Durante essa geração, recomenda-se queimar folhas de tangerina ou laranja, numa fogueira vizinha. Depois de quatro ou cinco dias, temos o fermento já pronto para ser distribuído nos grandes tanques de garapa. Mais cinco dias, a garapa vira mosto e entra pela boca do alambique feito em cobre, refrigerado com água corrente, e através de processo tradicional, se transforma no destilado alcoólico de cana de açúcar.
Ambiente de produção – década de 60
A Cachaça Santa Terezinha também leva à risca a máxima que fazer cachaça é uma arte, exaltando a cultura local e nacional, com rótulos e embalagens desenvolvidas por artistas plásticos como Hélio Coelho e Haroldo Bussotti, onde o carnaval e o congo são homenageados. O grande diferencial desta cachaça está justamente na beleza de seus produtos.
Um deles, a Brasil Premium, leva em sua tampa uma pequena casaca confeccionada manualmente por artesãos capixabas. A alquimias de blends, mistura feita com acuidade, sob rígido controle de qualidade, é que faz nossa diferença. Ao beber nossa cachaça logo sente-se seu sabor amigo, mágico e quente.
PRODUÇÃO
Colheita: A cana é uma planta da família das gramíneas, parente do bambu e muito rica em açúcar, colhida em seu estágio mais doce; é moida para extrair a garapa que vai direto para os grandes tonéis e, em seguida, para a fermentação.
Fermentação: A fermentação da garapa é feita de forma bem lenta. As leveduras utilizadas nessa fase são sempre naturais, como fubá de milho fresco.
Destilação: A destilação é feita em alambique de cobre, com água fria e fogo bem manso, bem brando, alimentado com lenha e se desdobra em três etapas:
1. A fração chamada de “cabeça” – cerca de 5 a 10% do destilado total – contém a maior parte do metanol e parte de aldeídos e álcoois superiores.
2. O “coração” – que corresponde a cerca de 80% do destilado total – é a parte boa para envelhecer.
3. A “cauda” – ou “água fraca” – corresponde a cerca de 10 a 15% finais do destilado total.
Envelhecimento: A cachaça então vai descansar por um período. Quando são envelhecidas, usam-se tonéis de madeira, que podem ser de Carvalho, Jequitiba Rosa, Balsamo, Umburana, Sassafráz ou outras madeiras de lei. Também podem ficar com frutas, folhas, cascas e outras especiarias que acrescentaram seu sabor para comporem um novo paladar.